PF apura fraude na contratação de manutenção predial do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle


A Polícia Federal (PF) iniciou nesta terça-feira (22) a segunda fase da Operação Desmascarados, contra suspeita de fraude no Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, vinculado à Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).

Agentes saíram para cumprir cinco mandados de busca e apreensão, expedidos pela 5ª Vara Federal Criminal, nos municípios do Rio de Janeiro e de Mesquita. Não há mandados de prisão.

A ação desta terça tem como objetivo apurar fraude na contratação de empresa especializada em serviços de manutenção predial do Gaffrée e Guinle, no Maracanã. O valor total foi estimado em R$ 2 milhões. Segundo as investigações, há indícios de direcionamento no resultado do certame e superfaturamento.

“A investigação aponta que a empresa vencedora do certame, constituída apenas um mês antes do procedimento licitatório, possui seu quadro societário formado por ‘laranjas’”, afirma a PF.

Os indícios dos crimes foram reunidos através da análise de documentos apreendidos durante a primeira fase da operação, deflagrada em fevereiro de 2021, assim como através de relatórios de auditoria da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) e da Controladoria-Geral da União (CGU).

Em nota, o hospital informou que as suspeitas estão relacionadas à gestão passada e que a nova administração assumiu em julho de 2020.

A primeira etapa da Desmascarados foi deflagrada em fevereiro de 2021. Um dos alvos foi Fernando Ferry, ex-secretário estadual de Saúde do RJ. A PF então investigava fraude em compras de equipamentos de proteção individual (EPIs) contra o coronavírus.

Segundo a PF, alguns itens foram comprados pelo triplo do preço de mercado.

Uma dispensa de licitação de R$ 1,2 milhão adquiriu, entre outros itens, 6.500 máscaras e 6.500 aventais. Cada máscara saiu a R$ 47,80, e cada avental, a R$ 49,50.

Os mesmos itens foram cotados em outro chamamento público da EBSERH, respectivamente, por R$ 12,50 e R$ 15.

Neste caso, a CGU apontou um sobrepreço de R$ 650 mil e um superfaturamento de R$ 398 mil, além de fortes indícios de direcionamento do processo realizada pelo hospital.

Fonte: G1
Foto: Reprodução/TV Globo


Compartilhar